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Caso Zambelli: 'Justiça italiana não acobertará criminosos', diz embaixador

  • 01-08-2025 09:48

O processo que envolve a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) entrou numa nova fase. Após audiência de custódia nesta sexta-feira (1º), a Corte italiana começa a decidir se aceita ou nãoo pedido de extradição da parlamentar feito pelo STF (Supremo Tribunal Federal) do Brasil. O embaixador do Brasil na Itália, Renato Mosca, disse ao UOL que a decisão final pode levar meses.

O embaixador destacou o interesse do Estado italiano no combate à criminalidade. Segundo ele, a Justiça italiana "não se prestará a assegurar que um fugitivo da lei seja acobertado pela legislação do país".

'Foragido não se entrega em casa'

Logo após a prisão, a defesa da deputada divulgou um vídeo em que ela afirma que se entregou às autoridades. O embaixador nega a versão e diz que se trata de uma "narrativa construída, que não corresponde aos fatos".

Foi identificado o local em que ela estava escondida, um apartamento no bairro Aurélio, aqui em Roma. Esse endereço foi passado ao deputado Ângelo Bonelli, que imediatamente fez um contato com o chefe da polícia, informando que ela estaria naquele local e que poderia ser cumprido o mandato de prisão da Interpol, pendente há mais de 50 dias. Nesse momento, os investigadores da polícia foram ao local, encontraram a foragida e efetuaram a prisão.

O foragido não se entrega à polícia em casa, não houve uma movimentação ativa dela para se entregar à polícia. Isso é uma narrativa que ela constrói, mas que não corresponde aos fatos.

Rastros na movimentação

O trabalho conjunto para localizar a parlamentar envolveu, segundo o embaixador, três forças policiais: a Polícia de Estado, a de Finanças e os Carabinieri. Mosca diz que recebeu diversas informações sobre movimentações de Zambelli.

Ela se movimentou vários dias. Houve indícios de que ela pudesse ter ido ao Vêneto, onde residem parentes. Havia indícios de que ela viajou a Siena, na Toscana, na região de Nápoles.

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