
Condenado por assassinar a ex debocha de juiz e ameaça ex-cunhada de morte
- 31-07-2025 09:34
Olha que audacioso! Jorge Bezerra da Silva, 30 anos, entrou no tribunal do júri com expressão séria e o olhar fixo nos parentes da vítima. Ele era julgado por assassinar a facadas a ex-companheira, Priscilla Monnick Laurindo, 28, em janeiro de 2022.
O crime brutal aconteceu na frente da filha do casal, que tinha apenas dez meses na época. Depois de mais de três anos preso, Jorge finalmente se viu diante do conselho de sentença que decidiria seu destino. Mas, demonstrando total desinteresse pelo resultado, aproveitou o momento para ameaçar a irmã da ex-companheira — ali, diante do juiz.
“Eu vou mandar matar Vitória, e lá de dentro mesmo. Eu mandei uma vez, erraram a casa. Vou mandar de novo”, disse com frieza.
O magistrado perguntou se as ameaças estavam sendo registradas, e Jorge respondeu com ironia: “Tô nem aí. Pode me dar 100, 200 anos de cadeia. Tô nem aí. Vou mandar matar. Eu tô afirmando.” Em seguida, repetiu as palavras diretamente para a irmã da vítima, agora com tom de deboche.
Segundo familiares, esse comportamento não era novidade. Mesmo preso, Jorge continuou enviando mensagens à família da ex-companheira. Em uma delas, propôs um “acordo”: se desistissem do processo e apoiassem sua liberdade, ele deixaria o estado ou até o país. Caso contrário, a irmã de Priscilla pagaria com a própria vida.
O juiz Abner Apolinário da Silva se disse chocado com a audácia do réu: “Em tantos anos como magistrado, nunca vi alguém agir dessa forma. Ele não falou, ele gritou que faria. Portanto, precisa receber uma pena que o faça esquecer o que disse aqui, especialmente por ameaçar a irmã da vítima diante de todos.”
O conselho de sentença condenou Jorge Bezerra da Silva por feminicídio a 29 anos e 8 meses de prisão, em regime fechado, além do pagamento de uma indenização de 10 salários mínimos (pouco mais de R$ 15 mil).